quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

A GRANDE VITÓRIA DO DENEB na CLXX REAL REGATTA DE CANOAS

No dia 3 de Outubro pelas 08,00, DENEB saiu da doca de Alcântara com José Louro, Luís  Lamas e Zeferino Pereira a caminho da praia de Pedrouços. Passados 30 minutos fizemos uma paragem técnica na doca da Docapesca para comer e prepararmos a logística para a regata.

Ás 09,30 da caravela Santa Cruz foi dado o tiro de partida com destino à Moita, a viagem é longa e há hora da partida o vento era fraco de sueste.

O vento cresceu e lá fomos tomando a dianteira vendo a proa de catraios e canoas que nos tentavam apanhar, mas o DENEB com vento de popa conseguiu manter-se na dianteira.

Tudo correu muito bem até Santa Apolónia, aí  por volta das 16,00 horas junto ao cais de Santa Apolónia, tinha acabado de desacostar um navio de grande porte, que teve o auxílio de um rebocador da empresa SVITZER.

Já este navio fazia o rumo à foz do rio Tejo, e entre o navio e o cais vinha na nossa direcção a nosso estibordo, o referido rebocador em alta velocidade.

Tudo foi muito rápido, não deixando outra solução que fosse, prepararmos-nos para o que viesse, o meu barco estava devidamente identificado com os símbolos da Marinha do Tejo, o porto de Lisboa tinha dado as devidas instruções para a navegação que naquele dia e aquela hora havia barcos em regata,  havendo regras especificas para tal.


Quando nos cruzamos com este rebocador, aproamos às ondas, tendo à primeira o meu barco subido como era previsível, mas incapaz de vencer a segunda dado que tinha a proa em baixo, o que originou o seu alagamento total com as seguintes consequências:

   - Banho total aos seus tripulantes.


   - Destruição da nossa merenda.

   - Roupa de agasalho toda molhada.

   - Destruição da minha máquina fotográfica.

   - Destruição do meu telemóvel.

“A meu ver”, após esta grande irresponsabilidade onde foi posto em risco, tripulações e bens, por falta de cuidado no respeito, cumprimento das suas funções e leis náuticas, o mestre do referido rebocador na sua atitude mais condenável, foi após ter feito esta asneira, e dado que no seu pedestal, com visão de 360º no seu total desprezo para que circulava no rio, não ter tido coragem de prestar auxilio, a quem tinha o seu barco alagado, tendo fugido em alta velocidade como um “cobarde.”


Este triste episódio, obrigou que toda a tripulação de imediato se dedica-se a retirar o máximo de água do seu interior, bem como em todo o restante percurso.


Em conversa com o mestre da embarcação do varino Liberdade da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Sr. Luís Godinho que navegava um pouco a sul, quando no cruzamento com este rebocador teve também de tomar as devidas providencias para poder contornar aquele imprevisto que em condições normais de navegação, não seria necessário. 


Aqui atrasamos-nos um pouco mas não perdemos a meta de vista. com coragem e garra pouco a pouco fomos vencendo a distância e conseguindo lugares até que chegamos ao ponto mais difícil do percurso com pouca água, encontrar as calas para poder chegar à Moita.

Ainda encalhamos uma vez mas passamos por muitos que lutavam com o desencalhe, por cortesia e camaradagem que deve haver no mar, demos a vez e ensinamos o caminho a um bote.

Chegada à meta em 3º lugar na geral e 1º na categoria.

Como eram 18,00h demos corda ao Mercury de 6 CV, e rumamos a Alcântara onde 
chegamos com o sol já escondido por volta das 19,55h, cansados mas contentes pela vitória.
PARABÉNS DENEB E À SUA TRIPULAÇÃO

CLXX REAL REGATTA DE CANOAS
3 OUTUBRO 2015 EM FOTOS
Manuel Ventura (Parte 1)
Zélia Silva
Paulo Andrade
Elizabete Andrade
Fernando Monteiro
Rui M.Vale Rodrigues
Paulo Sousa Costa
FCR